A expressão da grandeza de Deus não necessita de um código de
signos lingüísticos para ser compreendido. A natureza demonstra a grandeza, a
glória e a fidelidade de Deus. A natureza não falha na sequência dos eventos
pré-estabelecidos por Deus.
1 OS céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia
a obra das suas mãos.
2 Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.
3 Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz.
4 A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,
5 O qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho.
6 A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor.
2 Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.
3 Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz.
4 A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,
5 O qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho.
6 A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor.
A Natureza
Os céus expressam quão glorioso é Deus! O que se observa na
natureza anunciam quão maravilhoso é Deus.
Como as obras de Deus são grandiosas e imensuráveis, isto indica
que Ele é infinitamente grande e maravilhoso "Da parte do SENHOR se fez isto;
maravilhoso é aos nossos olhos" ( Sl 118:23 ).
Os céus declaram a glória de Deus aquém? Aos homens! Todos os
homens podem perceber e é inegável a grandeza das obras de suas mãos (v. 1).
A expressão da grandeza de Deus não necessita de um código de
signos linguísticos para ser compreendido. A natureza demonstra por si só a
grandeza, a glória e a fidelidade de Deus (v. 2).
A natureza não falha na sequencia dos eventos pré-estabelecidos
por Deus, o que demonstra que Deus é firme e imutável. A abóbada celeste
(firmamento) onde se pode presenciar os movimentos dos astros e dos corpos
celestes anunciam que só podem ser obra de Deus. O salmista aponta que há uma
linguagem implícita entre os dias que se sucedem, sendo que de igual modo há
uma linguagem entre os dias que se sucedem, pois nisto não há confusão (v. 3).
O salmista destaca dentre todas as maravilhas que há no universo
o sol para fazer um comentário. Pelo 'movimento' constante, a morada que Deus
preparou para o sol é descrita como 'tenda'. O sol é comparado a um noivo que
sai alegremente do seu leito nupcial a percorrer o seu caminho como se fosse um
herói.
A 'trajetória' do sol faz com que nada se furte ao seu calor,
pois o seu curso é de uma a outra extremidade do céu. Observe que a descrição
que o salmista faz não tem por base questões científicas, antes se atem a
descrever a funcionalidade e utilidade do astro amarelo, para demonstrar que as
leis que regem a natureza são irrevogáveis, uma vez elas são uma expressão da
natureza de Deus.
8 Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR
é puro, e ilumina os olhos.
9 O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente.
10 Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.
11 Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa.
12 Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.
13 Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão.
14 Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor meu!
9 O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente.
10 Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.
11 Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa.
12 Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.
13 Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão.
14 Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor meu!
As Escrituras
Os versos 1 à 6 demonstram a grandeza e a perfeição de Deus
através da natureza. Já os versos 7 à 14 dedicam-se a apontar a perfeição das
Escrituras.
As Escrituras, a Lei, o Testemunho, os Preceitos, o Mandamento,
o Temor, as Ordenanças são termos utilizados para fazer referência a palavra de
Deus. Através da abordagem do salmista conclui-se que a palavra de Deus é
perfeita, refrigera, é fiel, dá sabedoria, é reta, alegra, é pura, é luz, é
limpa e permanecerá para sempre (v. 7 -9).
Somente através da palavra de Deus é dado ao homem conhecer que
Deus trás descanso (refrigério) ao homem, ou que simples (inocente) alcança
sabedoria. A retidão do Senhor torna o coração do homem alegre, pois a sua
palavra é luz. A sabedoria de Deus é pura e permanecerá de eternidade a
eternidade como expressão da justiça de Deus.
Ou seja, o salmista consegue estabelecer um contraste entre o
que é revelado na natureza e o que é possível abstrair da sua palavra. Enquanto
as conclusões pertinentes à natureza não redime o homem, a palavra de Deus é o
meio de o homem andar à sua luz.
Conclui-se que, o que o homem não consegue perceber através da
natureza, Deus revelou através da sua palavra.
Nada há que se compare ao conhecimento de Deus. Ouro? Favos de
mel? Nada satisfaz o homem como os preceitos de Deus (v. 10), pois a palavra de
Deus revela o cuidado de Deus para com os seus servos.
A palavra de Deus admoesta, ou seja, instrui, corrige e consola,
pois ela estipula recompensa aqueles que se deixam instruir (v. 11).
Há alguém que consiga entender os seus erros sem a luz da
palavra de Deus? Somente através da semente incorruptível o homem expurga os
erros ocultos. Que 'erros' são estes? É o erro proveniente de Adão que o homem
sem a revelação de Deus não consegue entender!
Como seria possível compreender que o primeiro Pai da
humanidade, com a desobediência, alienou a humanidade de Deus? Como seria
possível compreender que só Jesus, o último Adão, torna a dar acesso a Deus?
A palavra de Deus concede àqueles que por ela são exercitados a
condição de sinceros e limpos. A recompensa de Deus aos que conhecem a sua
palavra é a de se verem livres (limpos) da transgressão de Adão (v. 13). Todos
os que se deixam instruir pela palavra da verdade estão livres da soberba.
O salmista espera que a meditação do seu coração seja agradável diante
de Deus, pois do coração agradável procede as palavras agradáveis ( Mt 12:34 ).
Vemos através da Escritura que, a partir do momento que o homem
tem o Senhor por Rocha e Redentor (crê), a sua adoração (canção) é aceita
perante Deus. Por meio da fé o homem torna-se agradável a Deus (o que é nascido
do Espírito é espírito), e passa a adorá-lo em espírito e em verdade. Somente
quando o homem torna-se limpo de coração e sincero, Deus aceitará a meditação
do homem.
O Verbo encarnado
Não podemos deixar de destacar que este Salmo faz referencia a
pessoa de Cristo, pois Ele é o Verbo de Deus encarnado, a palavra fiel e
verdadeira, que permanece para sempre ( Hb 13:8 ).
Portanto, ao ler este salmo, é necessário ter em mente que os
céus declaram a glória de Cristo, pois foi Ele que criou todas as coisas ( Jo
1:3 ; Cl 1:16 ; Hb 1:8 -9).
Que ao fazer referência ao sol como noivo e herói, o salmista
nesta previsão estava fazendo alusão a Cristo, o sol nascente das alturas que
visitou os homens ( Lc 1:78 ). Enquanto o sol ilumina a humanidade nesta vida,
Cristo é o sol que ilumina os que jazem nas regiões das trevas à sombra da
morte ( Lc 1:79 ).
Cristo é a salvação poderosa levantada na casa de Davi e, ao
visitar os homens tornou-se o noivo da igreja e a sua ação foi heroica, pois
libertou os que jaziam em trevas ( Lc 1:69 ; Is 9:2 ; Jo 1:4 -5).
Portanto, ao falar do Verbo de Deus as palavras do salmistas
eram agradáveis (v. 14), ou melhor, as penas de um destro escritor ( Sl 45:1 ),
pois estava nesta previsão anunciando o mais formoso dos filhos dos homens:
Cristo.
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