Vou Pescar
Ganhar vidas deve ser a principal
ocupação do cristão. Cada um de nós deve dizer como Pedro: “Vou
pescar”; e como acontecia com Paulo, nosso alvo deve ser: “Para por
todos os meios chegar a salvar alguns”.
O pescador depende de muitas coisas e
precisa ser confiante. Não vê os peixes. Aquele que
pesca no mar, precisa lançar as suas redes como que ao acaso.
Pescar é um ato de fé.
O pescador que vive da pesca é diligente
e perseverante. Os pescadores estão de pé em plena
madrugada. Quando irrompe o dia, os pescadores já estão pescando, e
continuam a pescar até a tardinha. Que o Senhor Jesus nos faça pescadores
de homens perseverantes, incansáveis!
“Pela manhã semeia a tua semente, e à tarde não
retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará; se esta, se aquela, o
se ambas serão igualmente boas.” – Ecles. 11:6.
Em sua profissão, o pescador é inteligente
e vigilante. Parece fácil ser pescador, mas, na
realidade é uma arte, desde o trabalho de remendar as redes, até o de
arrastá-las para a terra.
O pescador é muito trabalhador.
Não é uma profissão cômoda. Não fica a pescar sentado numa confortável
poltrona. Ele tem que sair e enfrentar o mau tempo. Se aquele
que observa as nuvens não semeia, estou certo de que aquele que observa as
nuvens nunca sairá para pescar. Precisamos agir sempre, apesar das
circunstâncias e do mau tempo.
O pescador é ousado.
Desafia o mar turbulento. Um pouco de água salgada no rosto não o
molesta. Molha-se mil vezes, e não liga. Ao tornar-se
pescador de águas profundas, não esperava ter vida sossegada.
Assim o verdadeiro ministro de
Cristo, pescador que é de almas, jamais se impressionará com pequenos
riscos. Ao contrário, em nome de Deus haverá de dizer a si próprio:
“À ordem do Senhor lançarei a rede”.
Extraído do livro O conquistador de almas
C. H. Spurgeon
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